Restauradores encontraram ouro 24 quilates durante obra de restauração
realizada no altar da Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, em Itacaré,
região sul da Bahia. O templo, que passa por reparos há dois meses, com
previsão de custar quase R$ 300 mil, não tem apoio financeiro de órgãos
públicos, e é custeado pelo projeto que se chama “A Fé Restaurada”. Os
trabalhos são financiados por doações da comunidade e de turistas. Na
igreja, fundada no século XVII, e tombada pelo Instituto do Patrimônio
Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), os restauradores descobriram que
parte da estrutura carrega traços dos jesuítas. Os reparos no altar
começaram em janeiro deste ano, quando os especialistas começaram a
retirar várias camadas da tinta verde que cobriam o altar central da
igreja, e descobriram que os detalhes entalhados são de ouro. Sob a
tinta verde, os especialistas também localizaram vários trabalhos
artísticos de pintura e encontraram a cor original do altar, em tom
amarelo. Em baixo do piso comum colocado no altar, mais uma descoberta:
cerâmica da época dos jesuítas, que pode ter mais de 300 anos. “Nossa
pretensão é resgatar o máximo possível da originalidade, que foi
descaracterizada ao longo do tempo por falta de conhecimento, por falta
de materiais”, conta Bruno Visco, restaurador do Ipac
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